
Comemora-se dia 8 de Março, em todo o Mundo, o Dia Internacional da Mulher, em reconhecimento ao papel desenvolvido na reivindicação de uma participação plena e igualitária na sociedade e na luta contra a discriminação.
A data é comemorada desde 1910, em homenagem às mulheres que morreram numa fábrica de tecidos, situada na cidade norte-americana de Nova Iorque, por reivindicarem melhores condições de trabalho.
A história remonta desde 1857, quando operárias desta fábrica de tecidos fizeram uma greve e ocuparam o recinto fabril, reivindicando melhores condições de trabalho, tais como a redução na carga diária de trabalho, de 16 para dez horas, equiparação de salários com os homens e tratamento digno no ambiente de trabalho.
As fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário e as mulheres chegavam a receber apenas um terço do salário de um homem, pelo mesmo tipo de trabalho efectuado.
A manifestação foi reprimida com violência e as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que depois foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num acto totalmente desumano.
O dia 8 de Março começou a ser comemorado em 1910, mas somente em 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
É importante que neste mês se realizem conferências, debates e reuniões, cujo objectivo é discutir o papel da mulher na sociedade actual. O esforço é para tentar diminuir e, no futuro, terminar com o preconceito e a desvalorização da mulher.
Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitas partes do Mundo, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado.
Concretamente em Angola, o Governo muito tem feito para resolver a questão do género, um problema discutido em vários fóruns mundiais.
Prova disso é o aumento do número de mulheres que ocupam actualmente cargos de decisão em Angola, um compromisso assumido por sua excelência o Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
A participação das mulheres nos órgãos de decisão do país passou de 9,5%, em 2004, para 40%, em 2009, a todo o nível, com destaque para o Parlamento, onde a camada feminina é representada por 39%, contra 12% em 2004.
O Governo angolano tem desenvolvido esforços para valorizar a mulher. Na realidade, é uma vitória das próprias mulheres, que têm lutado para esta conquista na sociedade.
Esta conquista foi realçada no dia 4 de Março de 2009, pela vice-ministra da Família e Promoção da Mulher, Ana Paulo Sacramento, quando discursava, em Nova Iorque, na 53ª sessão da Comissão das Nações Unidas sobre a condição da mulher.
Segundo a vice-ministra, continua nas prioridades das políticas do Governo angolano a promoção da igualdade no género, baseada em programas, que visam o desenvolvimento harmonioso do país, o bem-estar das famílias e a consolidação da democracia.
A Organização da Mulher Angolana (OMA) apoia a "tolerância zero", decretada pelo Presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, e manifesta a sua firme disposição de participar activamente nas campanhas de alfabetização, formação profissional e defesa dos direitos das mulheres.
A jornada “Março Mulher” no país está a decorrer sob o lema “Mulheres Angolanas mais rigor, mais transparência e melhor governação”.

Micaela Reis "Miss Angola 2007"

A beleza da mulher Angolana

1ª dama dos EUA

A nossa cultura
Poema sobre a mulher retirado do Blogue UNIVERSAL
“Aguardo sempre a infinita espera da demora
Como na magia das margens do meu céu
desespera um anjo
Nunca esquecerei o meu gesto de ternura
Sempre dedicado ao meu filhono longínquo abandonado
Por promessas que nunca serão cumpridas
Nunca esquecerei as esperasdas minhas incontáveis bichas
Filas humanas para conseguir o essencialde todos os dias
Séculos e séculos desesperadospara me afirmar como mulher
Com dignidade de escravahabituei-me a suportar
Os desprezos que sobre mim tem lançadoE nesta condição humana provocada
Renasce-me a negra existênciae medito, reafirmo:
Sou negra como o sol castanhoamarelecido das tardes
Como o luar das noites, naturais
Manchada das alvas amarelas do anualmalmequer
Porque sou bela, como o amanhecerde todos os dias
Sou negra, digna descendenteda nobreza africana”
Fonte: : Agência Angola Press, Global voices